quarta-feira, junho 27, 2007

A Lei do Aborto - (eu sabia que ia dar nesta palhaçada...)

Estive alguns dias sem escrever para permitir que o meu post sobre a Pequena Maddie pudesse ter algum impacto e visibilidade.

Agora que passaram 55 dias, a pequena continua por encontrar... Aos pais, apenas posso dizer que tenham fé.


Agora o tema de hoje: A nova lei do Aborto

O que me leva a escrever hoje tem a ver com a proposta de Lei do Aborto que é simplesmente abortiva... senão vejam...

1 - Os médicos que sejam objectores de consciência (lembro que são quase 82%...) estão proibidos de ter qualquer contacto com grávidas que pretendam abortar...

Conclusão 1:
Porquê??? estão com medo que os médicos comecem com más ideias e tentem demover as mulheres de abortar? Quem sabe com aquelas falsidades de poder dar a criança para adopção, ou que um aborto é uma coisa de facto perigosa para a saúde...

2 - Os médicos estão proibidos de mostrar a ecografia à mulher grávida que pretende abortar.

Conclusão 2:
De facto... não vá a mulher mudar de ideias depois de ver a ecografia da vida que trás dentro de si... Estes médicos são uns vândalos, de facto...

3 - As mulheres grávidas que pretendem abortar (e por conseguinte, irão deixar de ficar grávidas por sua simples opção...), não vão pagar taxas moderadoras para o aborto, devido à sua condição de grávidas.

Conclusão 3:
Esta então é de facto de ir às lágrimas...


Conclusão final:
Pelo exposto, só consigo concluír que o ex-Eng. José Sócrates, futuro ex-primeiro ministro, com a sua cáfila de abortivos, faz asneirada atrás de asneirada, e a malta toda vai rindo... é inacreditável se esta lei for para a frente nestes moldes...

Eu qualquer dia imagino uma cena destas: um ladrão rouba um carro que não tem seguro obrigatório e a polícia manda-o parar. A polícia prende o ladrão porque roubou o carro mas multa o dono do carro, pois o carro não pode circular sem seguro, né? Imagine que o ladrão atropela alguém?

Chiça... é roubar... e na minha cartilha, roubar, ainda é crime... qualquer dia ainda sai um referendo para "a despenalização do roubo quando feito por um político, governante, autarca, membro do governo ou acessor de qualquer um dos anteriores, desde que filiado no partido com maioria parlamentar."!!! E o pior é que havia malta que ainda era capaz de votar a favor!!!

Mais uma vez, quero reforçar que a lei do aborto, sendo aprovada, deveria ter um ponto onde permitisse que se fizessem abortos com efeitos retroactivos. Desta forma poderíamos "abortar" com alguns dirigentes políticos que nos vão sodomizando a nossa inteligência, sem pedir licença e sem vaselina...

Ui!

Nota mesmo final:

Eu nem imagino o que seria se o Primeiro Ministro fosse o Santana Lopes e o Presidente fosse o Sampaio... O Santana era crucificado, espetado, esquartejado, empalado e queimado em praça pública ... e ainda tinha que pagar taxas moderadoras para obter uma certidão de óbito... ai, pois era...

quarta-feira, junho 06, 2007

A minha forma de Luta

Introdução:


Resolvi não escrever no últimos 34 dias por sentir-me impotente em lutar contra algo que cobardemente não se vê...



Episódio 1

Na passada semana, amigos do alheio visitaram a minha casa, entraram no meu quintal e assaltaram o meu carro, que habitualmente deixava aberto, roubando o meu PC Portátil e dois HDD portáteis onde tinha informação e dados que nunca mais irei rever, como fotos pessoais e documentos de trabalho.

A sensação misturada de tristeza, desespero, culpa e até de violação pelo facto de alguém poder estar a mexer nas minhas coisas e o facto de terem entrado no meu espaço e terem levado o que era meu, são apenas compreensiveis a quem já passou por um episódio semelhante.

Apresentei queixa na Polícia mas, gradualmente, a esperança de reaver os meus bens está lentamente a esfumar-se e estou a voltar ao meu dia-a-dia, sem os meus discos, o meu portátil e as minhas fotos...




Episódio 2

Não foi à muito tempo, que as minhas filhas foram passar dois ou três dias a casa da avó.

Planeei nessa altura com a minha mulher aproveitarmos o tempo livre para fazermos todas aquelas coisas que habitualmente não fazemos, por sermos pais: Jantar fora, beber um vinho, ir tomar um copo, descontraír, acordara à hora que quiséssemos...

A coisa até começou bem pois fomos jantar, divertimo-nos, falámos sem interrupções para ir à casa de banho (excepto as nossas, claro...) e fomos para casa já de madrugada. No dia seguinte acordámos quase ao meio-dia e "almoçámos" o pequeno almoço...

Mas a meio da tarde... começou a fazer falta qualquer coisa lá em casa...

Ao principio não nos apercebemos bem do que era, mas ao fim de algum tempo, a minha mulher diz-me, como se assumindo uma fraqueza:

- Tenho saudade das nossas filhas...

Ao que respondi:

- Eu também...





Episódio 3

Faz hoje 34 dias que, no dia 3 de Maio, desapareceu a pequenita Maddie McCann, do quarto onde dormia, na Praia da Luz, Lagos...






(In)Conclusão
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Senti que, na minha impotência de não poder fazer alguma coisa, o melhor era mesmo não fazer coisa nenhuma. Resolvi não postar as habituais análises parvas que se poderiam ter feito a procedimentos policiais ou outros espisódios laterais a esta desgraça indescritível da pequena Maddie.

Referi dois episódios que se passaram comigo, não para comparar de alguma forma com a pequena Maddie, mas antes para que possam ter noção da dimensão da desgraça que aqueles pais devem estar a passar quando comparados com um mísero roubo de um PC ou saudades de alguém que sabemos tornar a ver passado dois dias...

se sei o que senti quando fui roubado ou quando tive saudades das minhas "pirralhas", fico depressivo quando dimensiono a fatalidade que os pais da Maddie estão a passar...

O desaparecimento de uma criança nestas condições e o sentimento de culpa e de vazio que os pais devem sentir, associados à constante dúvida do que se passará com a sua filha roubada e desaparecida, deixam-me a mim, que apenas sou o pai das minhas filhas, com um aperto no peito que até parece que me custa respirar...
Dá-me quase vontade de largar tudo e partir em busca da menina, conseguir encontrá-la bem de saúde e poder devolvê-la aos seu pais, sã e salva, como nos filmes de final feliz. E faz ainda estoirar em mim como que uma revolta animal, uma sede de vingança, de também fazer sofrer quem a possa ter levado... Fazer sofrer muito, muito...

Quem sabe, alguém consiga...




A vida está a voltar ao normal em todo o país...

...menos nos peitos de quem sente...





Dorme bem, Maddie... alguém te vai encontrar e te trazer de volta... e tudo vai ficar bem...



Nome: Madeleine Beth Mccann
Filiação: Gerald Patrick Mccann e Kate Marie Healy
Nacionalidade: Reino Unido
Naturalidade: Leicester
Data de nascimento: 12/05/2003
Passaporte: 453847661 – Reino Unido
Data de emissão: 04/08/2003
Data de validade: 04/08/2008
Descrição Física:
Sexo: Feminino
Altura: 90 cm
Cabelo: castanho claro/louro, liso, pelos ombros

Olhos: olho esquerdo azul e verde, olho direito verde com mancha castanha na iris.

Sinais particulares: Pequeno sinal na pele, de cor castanha, no gémeo da perna esquerda.

Vestuário:
Na data do desaparecimento, vestia pijama de calças brancas com motivos florais, e parte superior de manga curta, com predominância de cor de rosa e na frente uma figura de um “jumento” de cor azul e cinza, com a inscrição “EEYORE”.


Informações complementares:
Desapareceu em 03/05/2007, pelas 22H40, do Ocean Club, Praia da Luz, Lagos, local onde passava férias com os pais. O desaparecimento ocorreu numa altura em que a criança estava sozinha no apartamento.

Departamento de Investigação Criminal de Portimão da Polícia Judiciária
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