domingo, abril 19, 2009

As voltas que a vida dá...

Temos alturas na vida em que sabemos perfeitamente como nos sentimos num determinado dia à muitos anos atrás. Se estávamos felizes, se estávamos infelizes...

Pois bem, ontem para mim foi um desses dias.



Tive ontem um dos dias em que mais triste me senti desde que me separei. Estive todo o dia completamente angustiado e apenas consegui sentir-me melhor desde que estive com as minhas filhas e que ficaram cá em casa este fim de semana.



E porquê me lembro eu desse dia em concreto?



À exactamente 1 ano, no dia 18 de Abril de 2008, estava em Luanda, em trabalho. Foi um dos dias de completa dor de amor, com saudades da minha mulher e das minhas filhas. Sei perfeitamente como me sentia nesse dia à 1 ano atrás.

Escrevi nesse dia um post em que dizia o que sentia e o que me ia na alma e no coração.



À 11 anos atrás, no mesmo dia 18 de Abril de 1998, lembro-me tive o dia mais feliz da minha vida até nascerem as minhas filhas.

Dia 18 de Abril de 1998 foi um dia cansativo, puxado, sempre a correr de um lado para o outro... mas senti-me feliz pois estive perto de montes de amigos e senti que estava a seguir o caminho certo da minha vida.

Dia 18 de Abril foi um dia em que mudei a minha vida e me senti completo, preenchido...

Dia de 18 de Abril de 1998 foi o dia em que me casei.



Pois bem, hoje, 11 anos depois, o que senti foi exactamento o oposto. Chovia, e senti-me desmembrado, vazio e sem a minima sensação de felicidade.



Porque os dias são só dias, marcas efémeras no calendário, se calhar não devia dar tanta importância a estas coisas. No entanto, creio que não deixarei de esquece o 18 de Abril de todos os anos, como memória do dia mais feliz, de outros dias felizes e de dias miserávelmente infelizes. Lamento... devo ser um romântico e sonhador. Mas não creio que não será agora que vá mudar...



Depois disto tudo não deixo de pensar como vai ser o meu 18 de Abril de 2010...



Daqui a 365 dias cá estaremos de novo para ver...



Agora vou fechar o PC, pegar nas minhas filhas e passear junto ao rio, aqui perto da minha casa. Vamos aproveitar o dia que hoje está de sol, bonito e vou aproveitar para levantar o meu ânimo.



Abraços Moinantes a todos

quarta-feira, abril 08, 2009

Ben-U-Ron ou paracetamol?

Esta coisa dos médicos e da ministra da Saúde não aceitar que as farmácias possam vender os genéricos, confesso que me faz confusão.

A proposta do Paulo Portas, por incrivel que possa parecer, é adequada. Ou seja, a ténue linha que separa os médicos dos farmacêuticos bate exactamente neste ponto.
O médicos são os elementos que devem, por natureza, avaliar, diagnosticar e conhecer os mecanismos para solucionar ou amenizar uma doença, em função do seu trabalho efectivo: anamnese, análises complementares e conhecimento da ficha médica do seu"cliente", o doente.
O farmacêutico, por seu lado, deve ser o especialista dos medicamentos a utilizar em função da informação prestada por receita pelo médico.

Ou seja,

O médico após avaliação do paciente encontra que o mecanismo correcto para tratar a doença será um determinado principio activo que, através da anamnese, verifica que não é contra-indicado para o paciente ou para outro medicamento que esteja a tomar.
Dessa forma, o médico não deveria receitar Ben-U-Ron ou Aspirina mas sim Paracetamol ou ácido acetilsalicilico pois esse é o seu entendimento. Depois, na farmácia, o papel do farmacêutico será de aconselhar o paciente a escolher, de entre as várias possibilidades e preços, entre o medicamento genérico ou outro.

Não querendo ser simplista com o assunto, entendo que existem situações mais complexas do que simplesmente uma aspirina ou um Ben-U-Ron... Por exemplo, um relaxante muscular muito conhecido para quem dores nas costas: Adalgur-N Comprimidos.
O Adalgur é apresentado com o principio activo de Paracetamol (500mg) mas com a componente de relaxante muscular do Tiocolquicosido (2g - base do Relmus, p.ex.) 2g.

Dessa forma, se o médico entende que o paciente tem, por exemplo, uma dor nas costas ou num joelho, causados por uma distensão ou contractura, o médico apenas deveria dosear os principios activos: por exemplo, Paracetamol (como analgésico) e tiocolquicosido (como relaxante muscular).
Por exemplo, receitaria 3 tomas diárias de 1000mg de paracetamol e 4 mg de tiocolquicosido.

O farmacêutico, de acordo com a toma prescrita pelo médico, optaria por apresentar ao seu cliente, por exemplo, ou Ben-U-Ron 1000mg, ou dafalgan 1g, ou Paracetamol Genérico 500Mg comprimidos para suprimir a necessidade de paracetamol e por exemplo Relmus 4g.

Aí o paciente tomaria 3 comprimidos de Relmus de 8 em 8 horas (tiocolquicosido 4g por toma) e e as quantidades necessárias de comprimidos de paracetamol para suprimir os 1000mg por toma (Ben-U-Ron 1000mg ou Dafalgan - 1 comprimido ou Paracetamol Genérico 500mg - dois comprimidos).
No entanto, é mais simples ao médico receitar directamente Adalgur N que já tem a composição pretendida de uma forma doseada do que colocar os principios activos...

Já para não falar nos lobbys farmacêuticos junto da classe médica... mas isso é outra coisa, né?

Ou não...?