sexta-feira, janeiro 18, 2008

Ando Lamechas...(desculpem...)

Estes últimos tempos tenho andado meio lamechas e deprimido... há alturas que todos nós nos sentimos assim e eu não fujo à regra...

Ando taciturno, não me apetece falar com ninguém, estar com ninguém, só me apetece estar num sítio ermo, alto e ventoso, a ouvir o vento e mais nada... chamem-lhe manias, parvoíces, o que quiserem...
Esta semana fui a Sintra ao Castelo do Mouros (ver fotos e filme de posts anteriores...) e senti uma paz de espirito tão grande quando cheguei ao alto da serra e pude sentir a chuva e o vento na cara... senti-me em paz...

Espero que isto me passe pois não gosto de me sentir assim... gosto mais de me sentir alegre e bem disposto...

No entanto, hoje fui a casa da minha mãe e ao remexer nuns papéis velhos que lá tinha, encontrei, num bloco velho com mais de 20 anos, uma tirada poética de minha autoria... sim, porque também sou poeta... Sim porque como diz o povo " de poeta e de louco, todos temos um pouco"... eu se calhar até tenho demais (de louco, obviamente...)

E como estou em fase de lamechices, aqui fica este meu poema sem nome... que seja do vosso agrado...


"A tarde hoje chegou calma
balançando-se no vento que sopra forte
e fustiga a minha janela sózinha
como eu, olhando a serra
grande e majestosa
se ergue como com um desprezo por tudo o que a rodeia.

Sinto-me só,
enquanto olho um pássaro que voa sem destino
na sua luta pela sobrevivência.
E nas suas asas pequenas,
batendo depressa e lutando contra o vento,
encontrei-me... e ao encontrar-me, vi a esperança

E nela senti a tua presença,
senti o teu toque macio e suave
o teu cheiro no meu corpo,
a tua voz que me acalma, os teus olhos que me seduzem...

Quando acordei deste meu sonho,
senti que não estava só, tinha-te a ti.

Sentei-me,
peguei no telefone
e liguei-te só para dizer que te amo..."

AJ - 1995

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